Adriane Colerato/ maio 25, 2017/ Psicologia

Quando criança a menina escuta, desde muito cedo da sua mãe, frases que irá determinar muitas escolhas na sua vida, frases do tipo: “Seja independente. Trabalhe e não dependa de homem nenhum. Tenha sua carreira profissional.”. A princípio são frases de incentivo para a independência da mulher e seu papel na sociedade atual. Mas também são frases carregadas de frustrações de suas mães que estão infelizes com as escolhas que fizeram. Entender o papel dessas mães que abriram mão de ‘algo’ pela maternidade ajuda a aliviar o peso que essas meninas carregam pela vida .

            Crescemos coma ideia de sucesso profissional e que só seremos felizes com uma carreira promissora e próspera, mas será que é realmente só isso que queremos? Até que ponto estamos seguindo o caminho determinado por nossas mães?

            Para Castellano (2017), vivemos em uma sociedade que só valoriza o sucesso, histórias de fracasso e anonimato não são importantes, que através dos méritos e esforços conseguimos o tão almejado sucesso.

E é através deste sonho do sucesso e para aliviar seus fracassos, que muitas mães criam expectativas nas suas filhas, principalmente ao que se refere o papel da maternidade na vida da mulher, criando uma cisão entre carreira e maternidade. Tal cisão ocorre com muitas mulheres de sucesso profissional não encontrando lugar na maternidade como também mulheres que abrem mão de sua carreira para se dedicarem exclusivamente a maternidade, por não conseguirem lidar com essa divisão interna da mulher moderna.

O desafio da mulher de hoje é entender essa pluralidade de papéis que a sociedade atual lhe proporciona, não criando medos e culpas por carregarem desejos e sonhos de suas mães e sim entender quais são realmente seus desejos e sonhos.

REFERENCIAS:

CASTELLANO, M. ”Só é Fracassado quem quer: a subjetividade loser na literatura de autoajuda.”. IN: SCIELO, São Paulo. Disponível em <http://goo.gl/n8Hqt8. Acesso em 14 de maio de 2017

Share this Post